quarta-feira, 23 de março de 2011

Mais um dia em SP Felipe Dias.

  Texto 1
  Mais um dia em São Paulo...   

  Ontem eu estava indo ao shopping e decidi q era melhor ir de trem.
  Bééé: Decisão errada!
  Para quem já pegou o trem no periodo das 18hs às 19hs, entenderá o q eu estou falando.    Para começar vem aquele trem que parece que está com insulfilm 100%. Na verdade não é, são as pessoas mesmo. Abre aquela porta e você tem um milésimo para atravessar uma parede de pessoas. Você pensa: 'Não vou conseguir'. Ah meu filho, você vai, porque nesse momento uma multidão de mamutes te joga para dentro. Você até esquece do vão que separa a plataforma do trem, porque agora você sabe voar. Em menos de 2 segundos você esta esmagado na outra porta. Ai vem o Rambo...quero dizer, o fiscal da CPTM e empurra todo mundo para poder fechar a porta. E ainda diz ironicamente: Boa viagem! Bom, é melhor do que: Pode dar um passinho para trás? Acho q essa é a pior frase que podemos ouvir na vida. Ou pelo menos uma delas. Ai começa a tortura. Pessoas esmagadas em um trem lotado. Alias, lotado é navio negreiro, porque aquele trem é hiper lotado. Antes eu tinha dó das sardinhas enlatadas. Agora sinto que elas tem dó de mim. Nesse meio tempo levei um tapa na cara, uma velhinha passou a mão em mim, não sabia onde estava minha perna, minha sacola, e muito menos meu braço. Deveriam distribuir cursos gratuitos de contorcionismo. Fora que o Leoncio do Pica Pau pisou no meu pé. Na real, se aquele cara com aquele bigodão ridiculo não for o Leoncio eu não acredito em mais nada! Quando cheguei a Estação Santo Amaro, que o bicho pegou. Me senti no filme Um Dia Depois de Amanhã. Porque uma tsunami tentou me arrancar para fora enquanto eu corajosamente tentava segurar o ferro do trem. Me agarrei com todas as forças. A garota que estava do meu lado também tentou se segurar, mas em vão. Foi arremessada para fora. Tadinha nem era a estação dela. Fica a imagem dela sendo levada com cara de choro, estilo aquelas pessoas q cairam quando o Titanic fica de ponta cabeça. Uma cena q durou alguns segundos, mas pareceram horas. Depois disso tudo, os que sobreviveram...digo, os q ficaram no trem, sorriram felizes, e riram da situação. Isso q eu gosto no brasileiro, sofre mais não perde o bom humor. Bom só queria contar esse meu 'passeio' para vocês.
Alguém sabe onde foi parar meu braço esquerdo?

Ps: O inferno não existe, mas caso existisse aqui em São Paulo seria carinhosamente chamado de CPTM ¬¬* 

                                                                   Felipe Dias

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